Romantismo - introdução e poesia romântica

Resumo do Romantismo galerë! depois trago o Romance Romantico!

CONTEXTO HISTÓRICO

• Liberalismo político (afirma o direito do ser humano à liberdade, propriedade) inspira um liberalismo artístico que derrotaria a arte aristocrática (Classicismo);
• Novo público leitor menos estudado (burguesia) = pára de ser usado linguagem rebuscada e referências mitológicas;
• Euforia da Revolução Francesa prova-se falha (não alcança liberdade, fraternidade e igualdade): gera pessimismo e procura por evasão da realidade;

CARACTERÍSTICAS

• Obras românticas habitadas por mortais: jovens com sentimentos;
• Recusa formas poéticas pré-estabelecidas (começa a usar o verso livre);
• Exaltação de sentimentos, supervalorização do amor, da virgindade, da melancolia e do sonho;
• Volta ao tempo: Idade Média (na Europa) e nos índios (no Brasil);
• Impossibilidade de realizar sonhos EGOCÊNTRICOS gera pessimismo e evasão na morte(principalmente na 2ª geração poética)
• Amor como sentimento redentor (nos romances)
• Abre-se ao mistério (ex: Drácula, de Bem Stroker) e idealização (personagens perfeitos)
• Culto à natureza (mais visto na 1ª e 2ª gerações poéticas)

ROMANTISMO NO BRASIL

História: vinda da corte portuguesa divulga as novas tendências da literatura na Europa

    Início do Romantismo brasileiro: 1836, com Gonçalves de Magalhães (Suspiros poéticos e saudades) – fim: 1881, com Machado de Assis.

    Independência do Brasil (1822) – busca por identidade nacional

    Ciclo do café (1840) – modernização do Rio, com bailes, tornando a cidade o cenário dos romances. Nas faculdades os jovens se reúnem para escrever poesias.

POESIA ROMÂNTICA: gerações românticas e principais poetas

 Primeira geração: INDIANISTA, PATRIOTISTA ou NACIONALISTA

    Foco no nacional, no patriótico, em busca de uma literatura nacional devido à Independência. Surge o indianismo, onde o índio é focado como representante do passado brasileiro, mas ele é “europeizado” (perfeito com muitos sentimentos, ex: Marabá)

     Poetas: Gonçalves de Magalhães (introdutor do Romantismo);

                 Gonçalves Dias: consolidador do Romantismo (ele na poesia e Alencar no romance). Obras: Primeiros Cantos (apresenta a Canção do Exílio), com referências nacionalistas e indianistas. Obras indianistas: I-Juca Pirama, Marabá e Canto do Piaga.

Segunda geração: MAL-DO-SÉCULO, BYRONISTA ou ULTRARROMÂNTICA

    Mantiveram os traços da primeira geração, exceto o indianismo, com extremo subjetivismo, amor, morte, ironia e egocentrismo. Byronistas por serem influenciados por Lord Byron, Mal-do-século por buscarem a morte como única libertação. No tema amoroso as mulheres eram perfeitas, puras e intocáveis.

      Poetas: Álvares de Azevedo: principal – desejou amar e morrer muito. Ora ama mulheres puras ora taxa a vida de tediosa. Em Noite na taverna vê-se a influência Byronista em suas obras.

                 Casimiro de Abreu: poesias simples tornaram-no popular. Sua fuga é caracterizada pela saudade da infância (Meus oito anos). Quando o tema é amor, assemelha-se aos outros ultrarromânticos.                

                  Fagundes Varela: representa duas faces poéticas: foi um poeta do mal-do-século e um poeta condoreiro, da terceira geração. No fim da vida foi tomado por um misticismo religioso por causa da morte de entes próximos.

Terceira geração: CONDOREIRISMO e POESIA SOCIAL

    Poesia social que prezava a palavra libertária. Condoreiristas, pois o condor representava o “alto vôo da palavra pela liberdade”. Sua ideologia era a abolição e o progresso. Renovaram o tema amoroso – agora as mulheres eram alcançáveis.

     Poetas: Castro Alves: principal poeta Condoreiro. Apresenta dois aspectos: lírico-amoroso e condoreirismo épico. Suas mulheres são concretas e alcançáveis, e na épica é o defensor dos escravos, retratando violentamente, com tom hiperbólico.

                 Sousândrade: pensava em uma nova república livre e comunitária. Previu que sua poesia seria lida tardiamente devido à sociedade